segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Escuro

Estava escuro quando abri os olhos
Era tudo muito confuso
Não compreendia a ausência de luz
Nem mesmo consegui refletir a claridade de minha esclera.
Pensei ainda estar com os olhos fechados
Mas me deparei com o que chamavam quadro negro
Vi-me sim em outra dimensão, correndo em busca da luz
Quão grande luz esta que buscava.
Mas sozinho estava, não adiantava gritar, acenar por alguém
Apenas eu podia encontrar a saída
E ela não estava trancada, nem encostada
Era tudo muito intrínseco
algo apenas meu, ninguém poderia saber como sair.
E já estava dentro, olhando sem ver
Gritando em ecos
Rodando em torno de meu próprio eixo
Tonto e sem interpretar o que fazia.
Cai e assim consegui ter noção de que estava mesmo flutuando
O quadro era mesmo um buraco
E este me levou a outra lugar diferente de tudo e indiferente a todos.
Logo pois pensei em parar e olhar para mim mesmo
Foi aí que olhei apenas o teto branco do quarto
E uma voz que dizia, eu sou seu maior pesadelo.

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